Diagnóstico de Trombofilias

A trombofilia refere-se à predisposição para desenvolver trombose devido a anomalias no sistema de coagulação. As bases genéticas das trombofilias envolvem mutações em diversos genes que codificam fatores hemostáticos, podendo ocorrer de forma isolada ou combinada. 

O tromboembolismo venoso (TEV) é uma desordem multifatorial que resulta da interação de fatores genéticos e ambientais predisponentes ao fenômeno trombótico, afetando entre um a três indivíduos por mil habitantes. 

Estima-se que cerca de 60% da predisposição à trombose seja atribuída a fatores genéticos. Destacam-se os polimorfismos genéticos relacionados a esse evento, como a mutação G1691A no Fator V Leiden, a mutação G20210A no gene da Protrombina, e as mutações C677T e A1298C no gene da enzima Metilenotetrahidrofolato Redutase (MTHFR), além de polimorfismos na Enzima Conversora da Angiotensina (ECA) e no Inibidor do Ativador do Plasminogênio tipo 1 (PAI-1) 4G/5G.

 

Fator V de Leiden

A trombofilia associada ao Fator V Leiden é caracterizada pela resistência do fator V à clivagem pela proteína C ativada, aumentando significativamente o risco de desenvolvimento de tromboembolismo venoso. A mutação, resultante da substituição de G por A na posição 1691 do gene F5, é encontrada em 3 a 5% da população caucasiana em heterozigose, sendo menos frequente em outras etnias. Indivíduos heterozigotos têm risco de trombose aumentado em cerca de 3 a 10 vezes, enquanto indivíduos homozigotos podem ter um risco até 80 vezes maior. A heterozigosidade para o fator V de Leiden também está associada a um risco de duas a três vezes maior para perda fetal e possivelmente outras complicações gestacionais, como pré-eclâmpsia, restrição do crescimento fetal e descolamento prematuro de placenta.

Protrombina

A mutação G20210A no gene da protrombina está presente em aproximadamente 18% das pessoas com distúrbios de coagulação, aumentando em quase três vezes o risco de formação de coágulos sanguíneos. Indivíduos portadores dessa mutação apresentam um risco maior de trombose venosa comparado a indivíduos sem a mutação, especialmente quando outras mutações, como as do gene F5 e/ou MTHFR, estão presentes. Esta mutação também tem sido associada à doença arterial coronariana, particularmente em mulheres jovens e em pessoas com histórico de acidente vascular cerebral.

MTHFR

A enzima MTHFR é crucial para o metabolismo do folato, sendo responsável pela remetilação da homocisteína em metionina. Polimorfismos no gene MTHFR (C677T e A1298C) estão associados à redução da atividade enzimática. O polimorfismo C667T resulta na substituição de uma alanina por uma valina (Ala 222 Val) no códon 222, levando à deficiência de MTHFR e ao aumento da concentração plasmática de homocisteína, conhecido como hiper-homocisteinemia. Esta condição, multifatorial, resulta de uma combinação de fatores genéticos, fisiológicos e ambientais, favorecendo a formação de placas de ateroma nas artérias e aumentando o risco de tromboses tanto arteriais quanto venosas. A mutação A1298C também está associada à redução da atividade da MTHFR e ao aumento do risco de trombose venosa, doenças coronarianas e abortos recorrentes.

PESQUISA DA MUTAÇÃO FATOR V DE LEIDEN (H1299R e Y1702C)

Código do exame: FATV2

Tipo de amostra: Sangue Total ou Células da mucosa
Meios de coleta: Tubo EDTA K2 (Sangue Total), Swab oral
(Células da mucosa) ou FTA (Gota de Sangue)

Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado de 2°C a 8°C. FTA não é necessário refrigerar.

Volume: 4 ml

Método: PCR em tempo real

Prazo: 3 dias úteis.

Questionário: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Teste Genético (TCLETG).

Descrição do Exame: O fator de coagulação V é um cofactor enzimático que participa do processo de coagulação em cascata e contribui para o equilíbrio hemostático. Mutações no gene fator V estão entre as causas da trombose
venosa. Outras condições associadas a mutações nos genes do fator V são complicações da gravidez, como abortos. A mutação mais comum no gene fator V é a mutação de Leiden. Outro polimorfismo que ocorre no gene fator V é o polimorfismo A4070G, isto é, a mudança da adenina para guanina para nucleotídeo 4070 que resulta na mudança do aminoácido Histidina para Arginina na posição 1299 da proteína (His1299R / g) e está  associada à trombofilia hereditária. Outra mutação relacionada ao fato V é a mutação missense Y1702C, que está associada a deficiência do fator V (FV) com consequente  desequilíbrio hemostático, levando à doença hemorrágica.

Código do exame: FVPRO

Tipo de amostra: Sangue Total ou Células da mucosa 

Material: Tubo EDTA K2 (Sangue Total), Swab oral (Células da mucosa) ou FTA (Gota de Sangue)

Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado de 2°C a 8°C. FTA não é necessário refrigerar.

Volume: 4 ml.

Método: PCR em tempo real

Prazo: 6 dias úteis

Questionário: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Teste Genético (TCLETG).

Descrição do Exame: A presença das mutações no gene Fator V Leiden e no gene da Protrombina tem sido associado no risco aumentado em desenvolver trombose venosa e, ocasionalmente, trombose arterial. A mutação G1691A no gene do Fator V de Leiden está associada frequentemente à resistência hereditária à proteína C ativada (RPCA). A RPCA tem sido identificada como a principal causa da maioria dos casos de trombose venosa, com 95% dos casos associados à mutação pontual G1691A no exon 10 do gene do fator V de coagulação, o fator de V de Leiden. A perda da clivagem do fator V, causada por esse polimorfismo não-sinonímico, gera um quadro de hipercoagulopatia, o que leva ao aumento do risco de trombose venosa. A mutação G20210A no gene da protrombina é pontual, sendo um polimorfismo de nucleotídeo simples (SNP) caracterizado pela troca de uma Guanina por uma Adenina no nucleotídeo 20210. Essa alteração resulta na produção aumentada de trombina, gerando um processo de coagulação exacerbado, aumentando o risco em 3 vezes mais de desenvolver trombose venosa. Essa mutação também ajuda na predisposição a embolia pulmonar e trombose venosa cerebral.

Código do exame: PROTR

Tipo de amostra: Sangue Total ou Células da mucosa 

Material: Tubo EDTA K2 (Sangue Total), Swab oral (Células da mucosa) ou FTA (Gota de Sangue)

Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado de 2°C a 8°C. FTA não é necessário refrigerar.

Volume: 4 ml

Método: PCR TEMPO REAL

Prazo: 2 dias úteis

Questionário: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Teste Genético (TCLETG)

Descrição do Exame: A protrombina é uma proteína precursora da trombina. A mutação G20210A no gene da protrombina é pontual, sendo um polimorfismo de nucleotídeo simples (SNP) caracterizado pela troca de uma Guanina por uma Adenina no nucleotídeo 20210. Essa alteração resulta na produção aumentada de trombina gerando um processo de coagulação exacerbado, aumentando o risco em 3 vezes mais de desenvolver trombose venosa. Essa mutação também ajuda na predisposição a embolia pulmonar e trombose venosa cerebral.

Código do exame: MTHFR

Tipo de amostra: Sangue total

Meios de coleta: Tubo com EDTA (roxo)

Estabilidade da amostra: A amostra é estável por até 7 dias refrigerada de
2°C a 8°C

Volume: 4,0 mL

Método: PCR EM TEMPO REAL

Prazo: 4 dias úteis

Documento adicional: Não aplicável

Descrição do Exame: Este teste é utilizado para detectar as mutações A1298C (A1298C ou rs1801131) e C677T (C677T ou rs1801133) no gene da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR). A presença dos alelos
polimórficos A1298C e C677T foram relacionados à hiperhomocisteinemia e, possivelmente, aumento do risco para trombose venosa, doenças coronarianas e abortos repetitivos. Contudo, alguns estudos recentes têm
demonstrado baixa correlação clínica entre a baixa atividade de MTHFR e o risco para trombose venosa.

Portanto, a interpretação deste resultado deve ser realizada com cautela correlacionando com os demais dados clínicos.

Código do exame: HSV

Tipo de amostra: LÍQUOR, PLASMA, REGIÃO ENDOCERVICAL,
REGIÃO VAGINAL, SANGUE TOTAL, SÊMEN, LESÃO, LESÃO SWAB
SECO OU SWAB EM SOLUÇÃO FISIOLÓGICA

Meios de coleta:
Plasma: Tubo Estéril/PPT/Tubo com EDTA;
Sangue Total: Tubo EDTA (roxo); Líquor: Tubo Estéril ou tubo transporte;
Secreções: Gynoprep, CellPreserv e SurePath.
Estabilidade da amostra: Líquor e Plasma: A amostra é estável por até 30 dias congelada a -20°C.
Outros meios: A amostra é estável por até 7 dias refrigerada de 2°C a 8°C.

Volume:
Líquor: 1ml
Plasma, Sangue Total: 4 ml
Secreções: 2ml – 4ml
Sêmen: 0,5 ml
Método: PCR em Tempo Real

Prazo: 2 dias úteis

Questionário: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Descrição do Exame:
Os Herpes Simplex Vírus tipos 1 e 2 (HSV-1/2) são herpesvírus.

  • HSV-1: Os sintomas associados ao HSV-1 incluem lesões nos lábios, no interior da boca e nos olhos. Também pode causar complicações neurológicas, como encefalite. A transmissão ocorre por contato direto com secreção infectada.
  • HSV-2: O HSV-2 causa lesões, bolhas e prurido nos genitais, com transmissão sexual e perinatal. Infecção cruzada por contato oral-genital também pode ocorrer.

O HSV pode permanecer de forma latente nas células do hospedeiro após a infecção primária.

A detecção precoce dos HSV-1 e HSV-2 e a quantificação por PCR em tempo real são de suma importância devido à sua agilidade e precisão, auxiliando no diagnóstico e na escolha da melhor conduta clínica.

Observação: Este teste não diferencia os tipos 1 e 2.

Código do exame: PROTM

Tipo de amostra: Sangue Total ou Células da mucosa 

Material: Tubo EDTA K2 (Sangue Total), Swab oral (Células da mucosa) ou FTA (Gota de Sangue)

Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado de 2°C a 8°C. FTA não é necessário refrigerar

Volume: 4 ml

Método: PCR TEMPO REAL

Prazo: 6 dias úteis

Questionário: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Teste Genético (TCLETG).

Descrição do Exame: Trombofilia é o termo utilizado para descrever um aumento na predisposição ao desenvolvimento de trombose venosa e, ocasionalmente, trombose arterial. O risco aumentado para desenvolver a doença tem sido associado a presença de mutações como Fator V de Leiden (G1691A), Protrombina (G20210A) e MTHFR (C677T, A1298C). A mutação G1691A no gene do Fator V de Leiden está associada frequentemente à resistência hereditária à proteína C ativada (RPCA), uma patologia hereditária identificada como a principal causa de trombose venosa. A RPCA tem sido identificada como a principal causa da maioria dos casos de trombose venosa, com 95% dos casos associados à mutação pontual G1691A no exon 10 do gene do fator V de coagulação, o fator de V de Leiden. A perda da clivagem do fator V, causada por esse polimorfismo não-sinonímico, gera um quadro de hipercoagulopatia, o que leva ao aumento do risco de trombose venosa.

A protrombina é uma proteína precursora da trombina. A mutação G20210A no gene da protrombina é pontual, sendo um polimorfismo de nucleotídeo simples (SNP) caracterizado pela troca de uma Guanina por uma Adenina no nucleotídeo 20210. Essa alteração resulta na produção aumentada de trombina gerando um processo de coagulação exacerbado, aumentando o risco em 3 vezes mais de desenvolver trombose venosa. Essa mutação também ajuda na predisposição a embolia pulmonar e trombose venosa cerebral. A metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) é uma enzima importante no metabolismo do ácido fólico e homocisteína. A mutação pontual A1298C no gene da enzima MTHFR, consiste na substituição de uma adenina (A) por uma citosina (C) no nucleotídeo, resultando no aumento dos níveis de homocisteína.  A outra mutação da MTHFR é C677T, onde ocorre a substituição de uma citosina (C) por uma timina (T) no nucleotídeo 677. Essas mutações quando apresentadas em homozigose pode aumentar a predisposição para trombose venosa, doenças coronarianas e abortos repetitivos.

Enzima Conversora de Angiotensina (ECA)

A ECA é uma enzima que converte a angiotensina I em angiotensina II, uma substância que causa a constrição dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial. A ECA desempenha um papel central no sistema renina-angiotensina. Mutações nesse gene estão associadas a diversos problemas cardiovasculares, incluindo hipertensão e doenças cardíacas.

PAI-1

O polimorfismo de inserção/deleção (rs1799889) na região promotora do gene SERPINE1 (também conhecido como gene PAI-1) é bem caracterizado: o alelo 5G, composto por cinco nucleotídeos de guanina (G), é considerado o alelo principal, enquanto a deleção de um nucleotídeo G resulta no alelo 4G. Indivíduos homozigotos para o alelo 4G apresentam concentrações mais elevadas de expressão do gene PAI-1 em comparação aos portadores do alelo 5G. Aqueles que possuem o alelo 4G, especialmente quando combinados com outros fatores de risco, têm um risco aumentado de infarto do miocárdio e eventos tromboembólicos. Níveis elevados de PAI-1 também foram encontrados em mulheres com histórico de aborto precoce de causa desconhecida.

POLIMORFISMOS DO GENE ECA (Enzima Conversora Angiotensina I/D - Eca)

Código do exame: ECA

Tipo de amostra: Sangue Total, Gota de Sangue, Células da Mucosa

Material: Tubo EDTA K2 (Sangue Total), Tubo Estéril com Swab Oral (células da mucosa) ou FTA (Gota de Sangue)

Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado de 2°C a 8°C. FTA não é necessário refrigerar 

Volume: 4 ml

Método: PCR TEMPO REAL

Prazo: 8 dias úteis

Questionário: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Teste Genético (TCLETG).

Descrição do Exame: A enzima conversora de angiotensina (ECA) atua convertendo a Angiotensina I (inativa) em Angiotensina II (ativa), que tem efeito vasoconstritor e controla a produção de aldosterona. A aldosterona atua ativamente na regulação das concentrações de sódio e potássio e no equilíbrio ácido-básico do sangue. O gene que codifica a ECA possui um polimorfismo de dois alelos, caracterizados como de inserção (I) ou deleção (D) na posição 287, resultando em três genótipos: DD, II e ID. O genótipo D/D está associado ao aumento da concentração sérica de ECA a um nível duas vezes maior quando comparado ao genótipo I/I, o genótipo I/I apresenta níveis mais baixos, e o genótipo em heterozigose (I/D) está associado a um nível intermediário. Este polimorfismo está associado a fatores de risco cardiovascular, acidente vascular cerebral, infarto e falha renal, patologias decorrentes do desequilíbrio hormonal, enzimático e eletrolítico que o polimorfismo pode causar. A detecção do polimorfismo da ECA, por PCR em tempo real, é de suma importância, pela agilidade e precisão, para o diagnóstico e escolha da melhor conduta clínica.

Código do exame: PAI1

Tipo de amostra: Sangue Total, Gota de Sangue, Células da Mucosa

Material: Tubo EDTA K2 (Sangue Total), Tubo Estéril com Swab Oral (células da mucosa) ou FTA (Gota de Sangue)

Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado de 2°C a 8°C. FTA não é necessário refrigerar 

Volume: 4 ml

Método: SEQUENCIAMENTO SANGER

Prazo: 8 dias úteis

Questionário: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Teste Genético (TCLETG).

Descrição do Exame: O polimorfismo de inserção/deleção (4G/5G) no promotor do gene do inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1 (PAI-1) pode influenciar na expressão do gene PAI-1, de modo a aumentar a concentração da proteína PAI-1 no plasma. Níveis plasmáticos elevados de PAI-1 podem prejudicar o sistema fibrinolítico e promover a sobrevivência do coágulo de fibrina. Portanto, a genotipagem deste polimorfismo pode ser relevante para avaliar o desempenho do sistema fibrinolítico em pacientes com diagnóstico estabelecido de Doença Arterial Coronariana.

Gene CBS

A homocistinúria clássica, causada pela deficiência da enzima cistationina beta-sintase (CBS), é uma doença autossômica recessiva que afeta o metabolismo da metionina. A CBS converte homocisteína em cistationina na via de transulfuração do ciclo da metionina, utilizando piridoxal 5-fosfato como cofator. Outros cofatores envolvidos incluem vitamina B12 e ácido fólico. Dados de países que realizaram rastreio em mais de 200.000 recém-nascidos indicam uma taxa de detecção de 1:344.000 para a deficiência de CBS. Em algumas regiões, a incidência é significativamente maior. A homocistinúria clássica está associada a diversas anomalias clínicas e patológicas, afetando principalmente olhos, esqueleto, sistema nervoso central e sistema vascular, além de outros órgãos, como fígado, cabelo e pele.

O objetivo do tratamento da homocistinúria clássica varia conforme a idade do diagnóstico. Se a deficiência de CBS for diagnosticada no recém-nascido, o ideal é prevenir o desenvolvimento de complicações oculares, esqueléticas e trombóticas, além de assegurar o desenvolvimento psicomotor normal. Em casos de diagnóstico tardio, o foco deve ser na prevenção de eventos trombóticos com risco de vida e na contenção das complicações já existentes. Para atingir esses objetivos, é necessário controlar ou eliminar as anomalias metabólicas decorrentes da deficiência de CBS.

POLIMORFISMOS DO GENE ECA (Enzima Conversora Angiotensina I/D - Eca)

Código do exame: ECA

Tipo de amostra: Sangue Total, Gota de Sangue, Células da Mucosa

Material: Tubo EDTA K2 (Sangue Total), Tubo Estéril com Swab Oral (células da mucosa) ou FTA (Gota de Sangue)

Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado de 2°C a 8°C. FTA não é necessário refrigerar 

Volume: 4 ml

Método: PCR TEMPO REAL

Prazo: 8 dias úteis

Questionário: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Teste Genético (TCLETG).

Descrição do Exame: A enzima conversora de angiotensina (ECA) atua convertendo a Angiotensina I (inativa) em Angiotensina II (ativa), que tem efeito vasoconstritor e controla a produção de aldosterona. A aldosterona atua ativamente na regulação das concentrações de sódio e potássio e no equilíbrio ácido-básico do sangue. O gene que codifica a ECA possui um polimorfismo de dois alelos, caracterizados como de inserção (I) ou deleção (D) na posição 287, resultando em três genótipos: DD, II e ID. O genótipo D/D está associado ao aumento da concentração sérica de ECA a um nível duas vezes maior quando comparado ao genótipo I/I, o genótipo I/I apresenta níveis mais baixos, e o genótipo em heterozigose (I/D) está associado a um nível intermediário. Este polimorfismo está associado a fatores de risco cardiovascular, acidente vascular cerebral, infarto e falha renal, patologias decorrentes do desequilíbrio hormonal, enzimático e eletrolítico que o polimorfismo pode causar. A detecção do polimorfismo da ECA, por PCR em tempo real, é de suma importância, pela agilidade e precisão, para o diagnóstico e escolha da melhor conduta clínica.

Código do exame: PAI1

Tipo de amostra: Sangue Total, Gota de Sangue, Células da Mucosa

Material: Tubo EDTA K2 (Sangue Total), Tubo Estéril com Swab Oral (células da mucosa) ou FTA (Gota de Sangue)

Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado de 2°C a 8°C. FTA não é necessário refrigerar 

Volume: 4 ml

Método: SEQUENCIAMENTO SANGER

Prazo: 8 dias úteis

Questionário: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Teste Genético (TCLETG).

Descrição do Exame: O polimorfismo de inserção/deleção (4G/5G) no promotor do gene do inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1 (PAI-1) pode influenciar na expressão do gene PAI-1, de modo a aumentar a concentração da proteína PAI-1 no plasma. Níveis plasmáticos elevados de PAI-1 podem prejudicar o sistema fibrinolítico e promover a sobrevivência do coágulo de fibrina. Portanto, a genotipagem deste polimorfismo pode ser relevante para avaliar o desempenho do sistema fibrinolítico em pacientes com diagnóstico estabelecido de Doença Arterial Coronariana.

Por que realizar o teste genético?

As trombofilias são consideradas uma das principais causas de perdas gestacionais, sendo responsáveis por aproximadamente 50 a 65% dos casos de aborto de repetição (AR) sem causa identificada. Muitos estudos apoiam a hipótese de um risco elevado associado à presença de certos polimorfismos em mulheres com AR. Além disso, o uso de contraceptivos orais (ACO) está relacionado a um aumento de três vezes na incidência de TEV. A decisão de realizar testes genéticos dependerá do médico, bem como da ansiedade, desejo e capacidade financeira do casal.

O risco de TEV parece ser proporcional à dose de estrogênio e ao tipo de progestágeno utilizado. Mulheres heterozigotas para a mutação do Fator V de Leiden que usam ACO têm um risco cinco vezes maior de desenvolver TEV em comparação com não usuárias. A mutação do Fator V de Leiden é a causa hereditária mais comum de TEV, presente em cerca de 30% dos indivíduos afetados, seguida pela mutação no gene da protrombina. Mulheres portadoras da mutação do Fator V de Leiden têm um risco 30 vezes maior de desenvolver trombose venosa profunda (TVP). Em pacientes com histórico pessoal ou familiar de trombose, o rastreamento genético é recomendado. ACO não devem ser utilizados por pacientes com mutações no Fator V de Leiden e deficiência de proteína C, S ou antitrombina III, devido ao aumento significativo do risco de tromboembolismo venoso. No entanto, o risco de TEV durante a gravidez é maior do que o associado ao uso de contraceptivos hormonais. O uso de progestínicos isolados não foi relacionado ao aumento do risco de TEV, representando uma opção viável para mulheres com trombofilias. Métodos de barreira ou dispositivos intrauterinos também são alternativas possíveis.

Sequenciamento de Exoma Completo

O genoma humano é constituído por bilhões de bases, sendo que uma fração específica desse genoma é chamada de exoma. O exoma compreende um conjunto de éxons responsáveis por codificar os aminoácidos dos genes. A maioria das mutações genéticas humanas ocorre nesses éxons, o que torna o exoma um recurso cada vez mais utilizado tanto para a pesquisa científica quanto para médicos que buscam diagnosticar doenças genéticas. 

O sequenciamento de exoma completo envolve a análise de todos os 20 mil genes que compõem o genoma humano, com o objetivo de identificar mutações associadas a doenças. Essa análise abrange todas as regiões codificantes (éxons) de todos os genes, permitindo que o médico investigue mutações sem precisar escolher previamente genes ou painéis específicos.

Vantagens do sequenciamento de exoma completo
em comparação com outros exames genéticos

– Diagnóstico mais rápido, com a análise simultânea de todos os genes conhecidos;
– Maior precisão no diagnóstico, sem a necessidade de selecionar genes ou painéis específicos;
– Possibilidade de reanálise dos dados no futuro, em casos de novos achados clínicos e/ou científicos;
– Detecção de achados incidentais que indicam riscos futuros de outras doenças, mesmo que não estejam diretamente relacionadas ao fenótipo do paciente, mas que possuam importância clínica.

Indicações para o Sequenciamento de Exoma Completo

Considerado uma das grandes inovações na área da saúde, o sequenciamento completo de exoma promove uma abordagem personalizada para diagnóstico, monitoramento e tratamento. As principais indicações incluem:

– Doenças causadas por alterações em múltiplos genes;
– Casos em que outros testes genéticos não identificaram a causa da doença;
– Doenças de difícil diagnóstico clínico, quando há suspeita de origem genética;
– Avaliação de risco hereditário de doenças graves em casais consanguíneos.

Diferenciais do Exoma Molecular da KTZ

– Consultoria especializada na interpretação e discussão dos resultados, por meio de serviço de aconselhamento genético;

  • – A maior profundidade média de sequenciamento entre os laboratórios brasileiros: acima de 120 vezes;
  • – Alta qualidade: mais de 95% das bases são sequenciadas com cobertura superior a 10 vezes;
  • – Análise de substituições de bases e pequenas indels em éxons e locais de splicing;
  • – Processos automatizados de bioinformática, com uso de software especializado para a identificação correta de variantes relevantes;
  • – Interpretação detalhada de cada variante patogênica relevante para o fenótipo, com informações sobre sua função e associações clínicas;
  • – Relatórios abrangentes e de fácil compreensão, elaborados por profissionais especialistas;
  • – Relatório detalhado sobre a cobertura dos genes de interesse para o fenótipo;
  • – Relatório de achados incidentais.